Inovação na produção in vitro de embriões: avaliação do potencial antioxidante do óleo essencial de Syzygium aromaticum L. na maturação oocitária suína em comparação ao modelo bovino

Inovação na produção in vitro de embriões: avaliação do potencial antioxidante do óleo essencial de Syzygium aromaticum L. na maturação oocitária suína em comparação ao modelo bovino

• Autor
• Jane Cleide Jenuario Martins
• Co-autores
• Alexsandra Fernandes Pereira , Antonia Rafaela da Silva Oliveira , Lhara Ricarliany Medeiros de Oliveira , Maria Valéria de Oliveira Santos
• Resumo

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  Diante da relevância dos suínos no âmbito econômico mundial, biotecnologias reprodutivas como a produção in vitro de embriões (PIVE) são aplicadas. Contudo, as taxas de sucesso da PIVE podem ser melhoradas a partir da redução do estresse oxidativo ocasionado pelo ambiente de cultivo in vitro. Assim, o uso de substâncias naturais pode ser uma alternativa, como é o caso do óleo essencial de Syzygium aromaticum (OESA). Portanto, o objetivo foi avaliar o efeito antioxidante de OESA no meio de maturação in vitro (MIV) sobre a competência meiótica e citoplasmática de oócitos suínos, bem como o estresse oxidativo, usando as mesmas condições estabelecidas em oócitos bovinos. Para tanto, oócitos foram maturados de acordo com os cinco grupos: i) controle positivo contendo 100 µM de antioxidante sintético cisteamina (grupo cisteamina), ii) controle negativo na ausência de antioxidante (grupo OESA0), iii) 10 µg/mL de OESA (grupo OESA10), iv) 15 µg/mL de OESA (grupo OESA15) e v) 20 µg/mL de OESA (grupo OESA20). Para tanto, ovários foram obtidos em abatedouro e transportados em solução salina. Os oócitos foram recuperados por aspiração folicular e classificados de acordo com o número de camadas de células do cumulus e aparência do citoplasma. Para a MIV, oócitos foram incubados (5% de CO₂ a 38,5ºC) em meio TCM199-HEPES suplementado com 0,3 mM de piruvato de sódio, 5 µg/mL de mio-inositol, 10% de fluido folicular suíno, 1% de solução de antibiótico e antimicótico, 5,0 ng/mL de fator de crescimento epidermal, 20 µg/mL de FSH/LH e antioxidante  de acordo com os grupos experimentais. Após 44 h de MIV, oócitos foram avaliados quanto às taxas de expansão e viabilidade das células do cumulus, presença do primeiro corpúsculo polar (1CP), estágio nuclear em metáfase II (MII) e níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs). Todos os dados foram expressos como média ± erro padrão e analisados usando o software StatView 5. Um total de 58 ovários foi usado, resultando em 222 oócitos imaturos viáveis (3,8 oócitos viáveis/ovário) e distribuídos em quatro repetições. Inicialmente, nenhuma diferença foi observada nas taxas de oócitos contendo o 1CP (P > 0,05). Contudo, OESA20 (95,2% ± 5,0) melhorou as taxas de MIV avaliadas pela presença de MII, quando comparadas aos grupos OESA0 (73,9% ± 14,6) e cisteamina (69,2% ± 3,8). Além disso, os grupos OESA15 (86,0% ± 2,8) e OESA20 (84,1% ± 1,4) apresentaram melhores taxas de expansão das células cumulus quando comparados aos grupos OESA0 (66,7% ± 3,4) e cisteamina (53,2% ± 13,5). Já a viabilidade dessas células foi semelhante entre os grupos OESA20 (96,3% ± 1,6) e cisteamina (97,5% ± 0,6), os quais foram superiores ao OESA10 (94,3% ± 4,3), OESA15 (94,5% ± 4,0). Adicionalmente, nenhuma diferença foi observada para os níveis de EROs entre os grupos (P > 0,05). Em conclusão, OESA na concentração de 20 µg/mL melhora a maturação de oócitos suínos, semelhante aos resultados observados anteriormente pelo nosso grupo de pesquisa em oócitos bovinos. Assim, OESA poderia ser uma interessante alternativa para o aumento da competência meiótica em oócitos suínos.

• Palavras-chave
• antioxidantes naturais, estresse oxidativo, oócitos suínos.
• Área Temática
• Ciências Biológicas

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